quarta-feira, 4 de março de 2009

Estudo dos hipocampos em síndromes convulsivas: quando estudar.

Estudo dos hipocampos em síndromes convulsivas: quando estudar.

O estudo dos lobos temporais e hipocampos em pacientes síndromes convulsivas é indicado quando há a suspeita clínica de foco epileptogênico nos lobos temporais, mais precisamente nos hipocampos. Clinicamente estes pacientes são geralmente adolescentes, ou adultos jovens, com crises convulsivas refratárias a tratamento clínico . Tais crises são caracterizadas por movimentos orais como se o paciente estivesse mastigando, por movimentos involuntários com mãos e braços como se estivessem “desabotoando a camisa”. Estes pacientes não se lembram do evento, e embora o paciente não tenha “desmaiado”, este fato indica uma perda da consciência por generalização da crise. Embora a crise seja bastante típica de foco epiletogênico temporal, normalmente tais informações não são tão disponíveis quando o paciente chega até nós. Além disso, outras condições clínicas podem, nesta faixa etária, levar a crises convulsivas de difícil tratamento clínico, como os tumores neurogliais ( ex. DNET).

Na prática diária, o estudo do lobos temporais, em pacientes com crises convulsivas é realizado sempre que o médico suspeita de epilepsia em pacientes jovens, ou quando há descrição de Epilepsia do Lobo temporal ou Esclerose Mesial Temporal. Normalmente o uso de contraste endovenoso não é indicado, porém, quando nos deparamos com lesão expansiva, o seu uso é imprescindível.
As alterações mais importantes nos hipocampos são: hipersinal em Flair, atrofia do hipocampo e redução volumétrica do lobo temporal homolateral a lesão.

Nos casos em que os achados são duvidosos ou nos casos de alteração bilateral, podemos lançar mão da espectroscopia dos hipocampos e também de volumetria dos hipocampos.



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