domingo, 25 de janeiro de 2009

Artefato de movimento

É o tipo mais comum de artefato.
Pode ser secundário a movimentação voluntária ou involuntária, respiração, deglutição, peristaltismo intestinal, pulsação arterial ou cardíaca, e fluxo liquórico



Movimentação voluntária ou involuntária

É mais comum em crianças e idosos.
Para reduzir a chance de que haja movimentação deve-se conversar com o paciente, verificar um posicionamento confortável e se utilizar de métodos de imobilização como pesos e "tiras" de restrição.

Respiração, deglutição e peristalse

Para reduzir a chance de que haja estes tipos de artefatos deve-se conversar com o paciente e explicar o procedimento.
Para artefatos de respiração pode-se utilizar trigger respiratório, que é um dispositivo da RM que permite adquirir as imagens em apenas uma fase do ciclo respiratório (ex: expiração), o que diminui a intensidade dos artefatos.
Para artefatos de peristaltismo pode-se utilizar buscopan, que tem como função diminuir o peristaltismo intestinal
Uma solução paliativa caso os artefatos não possam ser evitados é mudar a direção de fase, fazendo com que o artefato mude de direção e não "caia" no local de estudo.

Batimentos cardíacos e fluxo sanguíneo

Para minimizar este tipo de artefato, pode-se mudar a direção de fase (o que muda a direção dos artefatos), ou se utilizar uma banda de saturação no coração, o que suprime o sinal do mesmo e logo, diminui a incidência de artefatos.

bat card 1

Figura 1: Artefatos de batimento cardíaco se projetando na região do esterno. Observe que a direção de fase, e logo, dos artefatos está em sentido ântero-posterior. Mudando a direção de fase para látero-lateral faria com que os artefatos se projetassem nas axilas e não sobre o esterno.

bat card 2


Figura 2: A adição de uma banda de saturação (ilustrada em preto transparente) diminui os artefatos de batimento, pois suprime o sinal de RM nesta região.


Fluxo liquórico


O artefato de fluxo liquórico se manifesta através de imagens serpiginosas no interior do canal vertebral.

Para minimizar este tipo de artefato deve-se aumentar a matriz da sequência.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Artefatos de Imagem em RM

Artefatos de imagem em RM


É importante conhecer os diversos tipos de artefatos de imagem, pois os mesmos reduzem a qualidade das imagens e podem simular uma lesão

Para se obter um exame padrão, livre de artefatos deve-se conhecer, evitar e corrigir os mesmos

Os principais tipos de artefatos são:

Artefatos de movimento
Artefatos por erro de protocolo
Artefatos de truncagem
Artefatos de desvio químico
Artefatos de susceptibilidade magnética
Artefatos especiais

domingo, 11 de janeiro de 2009

RM do Ombro - Braço em Rotação Externa

RM do Ombro - Braço em Rotação Externa

Ao realizar uma Ressonância Magnética do Ombro, o braço deve ser posicionado em rotação externa (palma da mão para cima).

Este posicionamento permite uma melhor avaliação do lábio glenoidal e do tendão do bíceps.

A dica para saber se o braço está ou não em rotação externa é olhar para a imagem axial (seja ela scout ou não) e prestar atenção no sulco bicipital. O sulco deve estar voltado para fora e não para dentro.

Imagem3

Figura 1: Imagem axial T2FS com o braço em rotação interna. Observe o sulco bicipital voltado para dentro, “olhando” para a direita neste ombro esquerdo.
Figura 2: Imagem axial T2FS com o braço em posição adequada (rotação externa). Observe o sulco bicipital voltado para fora, “olhando” para a esquerda neste ombro esquerdo.